Tiro de salva

Tiro de salva durante uma reconstituição da Batalha de Raszyn, 2006.

O tiro de salva ou de voleio, como tática militar, é (em sua forma mais simples) o conceito de fazer com que os soldados atirem em massa na mesma direção.[1][2] Na prática, muitas vezes consiste em ter uma linha de soldados descarregando suas armas simultaneamente contra as forças inimigas sob comando, conhecido como "disparar uma saraivada", seguida por mais linhas de soldados repetindo a mesma manobra em turnos.[3] Isso geralmente ocorre para compensar a imprecisão, a cadência lenta de tiro (já que muitas das primeiras armas de longo alcance demoravam muito tempo e muito esforço para recarregar), o alcance efetivo limitado e o poder de parada de armas individuais, o que muitas vezes requer um ataque de saturação em massa para ser eficaz. O tiro de salva, especificamente a técnica de saraivada de mosquete (também conhecida como contramarcha), exige que linhas de soldados vão para a frente, atire sob comando e depois marchem de volta para uma coluna para recarregar, enquanto a próxima linha repete o mesmo processo.

O termo "voleio" veio do francês médio volée, substantivação do verbo voler, que por sua vez veio do latim volare, ambos significando "voar", referindo-se à prática pré-arma de fogo de arqueiros atirarem em massa para o ar para cobrir seu inimigo com flechas. Embora a tática de tiro de salva seja geralmente associada aos pensadores militares holandeses do final do século XVI, seus princípios têm sido aplicados à infantaria de besta desde pelo menos a dinastia Tang chinesa.[4]

  1. Malanga, Eugênio (1947). «Volley fire». Dicionário Inglês-Português de Armamento e Tiro. Col: Manuais Técnicos LEP. São Paulo: Edições LEP Ltda. p. 145. OCLC 1025957093. Volley fire: Fogo por descargas; tiro por salva; tiro comandado; tiro em rajadas. 
  2. Andrade, Tonio (2015). «The Arquebus Volley Technique in China, c. 1560: Evidence from the Writings of Qi Jiguang». Journal of Chinese Military History (em inglês): 115-141. doi:10.1163/22127453-12341284. Consultado em 15 de janeiro de 2024 
  3. Andrade, Tonio (2015). «Cannibals with Cannons: The Sino-Portuguese Clashes of 1521-1522 and the Early Chinese Adoption of Western Guns». Journal of Early Modern History (em inglês) (4): 311–335. ISSN 1385-3783. doi:10.1163/15700658-12342444. Consultado em 15 de janeiro de 2024 
  4. Needham, Joseph; Ping-Yu, Ho; Gwei-Djen, Lu; Sivin, Nathan (1980). Science and Civilisation in China: Volume 5, Chemistry and Chemical Technology, Part 4, Spagyrical Discovery and Invention: Apparatus, Theories and Gifts (em inglês). Cambridge: Cambridge University Press. p. 125. ISBN 978-0521085731. OCLC 779676 

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